Porto Velho, RO - A investigação sobre a fraude nas eleições de 20 de outubro deu uma guinada ontem, quando o promotor designado para o caso, Ronald Chávez, disse que solicitou a declaração do presidente da empresa Neotech, Marcel Guzmán de Rojas, porque ele deveria explicar o uso de um terceiro servidor de computador na noite da contagem rápida. Da mesma forma, ele informou que solicitou o cruzamento de chamadas dos telefones celulares do ex-celular do Corpo Eleitoral para estabelecer onde a ordem começou a interromper a transmissão do TREP.
“Essa pessoa (Marcel Guzmán) é quem cria, de acordo com a hipótese, o terceiro servidor identificado e que é de conhecimento público. Obviamente, queremos saber por que, como e quem ordenou a criação deste servidor, para que a declaração dessa pessoa seja necessária ”, afirmou Chávez.
Quando questionada sobre a participação do diretor da Agetic, Nicolás Laguna, de ser a operadora do terceiro servidor, a autoridade afirmou ter indicações.
“Estamos em uma fase preliminar de investigação, mas há indicações de participação e conhecimento do que teria acontecido. Há pessoas que sabiam o que estava acontecendo, mas não participaram diretamente, embora, ao não denunciarem esse fato, se tornem participantes, cúmplices. ”
Mais tarde, ele disse que eles têm os telefones celulares dos membros e o fluxo de chamadas e a revisão das bases de rádio estão sendo revistos para verificar se as reclamações sobre ligações telefônicas são reais e com quem eles conversaram.
Ontem, o promotor Chávez esclareceu que, no momento, eles não têm elementos para investigar o ex-ministro da Presidência Juan Ramón Quintana, mas disseram que não podem avançar mais dados porque podem prejudicar a investigação.
Defesa material
A ex-presidente do Corpo Eleitoral María Eugenia Choque foi quem acusou diretamente Lucy Cruz de ordenar a suspensão dos dados do TREP. "A vogal que deu a ordem para a suspensão do TREP foi Lucy Cruz", disse Choque em seu discurso perante o juiz em 12 de novembro.
Embora as autoridades também tenham apontado o vocalista Edgar Gonzales como outro que ordenou a suspensão, ele, em sua defesa, negou o fim e disse que eles indicaram oficiais da área e deveriam ser processados. Mas ele contou o que aconteceu depois das 20:30 no domingo, 20 de outubro, quando foi informado que houve um ataque ao sistema.
