Procuradoria Geral do Estado faz primeiro ajuizamento de execução fiscal por meio de robô

Procuradoria Geral do Estado faz primeiro ajuizamento de execução fiscal por meio de robô

Porto Velho, RO - Com o propósito de alcançar governança sobre a gestão da Dívida Ativa do Estado, a Procuradoria Geral do Estado de Rondônia (PGE) iniciou um projeto de reestruturação. Composta por cinco eixos, sendo eles: Ações Político-Legislativas, Gestão de Pessoas, Tecnologia da Informação, Implementação da Estratégia de Cobrança, e Infraestrutura, a iniciativa tende a aumentar a adimplência do cidadão e, consequentemente, ampliar a arrecadação do governo para que mais recursos possam ser destinados à área da saúde, educação, proteção ao meio ambiente e segurança pública.

Entre os objetivos do plano tático está digitalizar o processo de gestão de dívida ativa e, nesta semana, a Procuradoria de Ativos Financeiros, setor responsável pelo projeto, realizou o primeiro ajuizamento de execução fiscal por meio do “robô de cobrança” – um sofware que automatiza a remessa dos créditos da dívida ativa para os mecanismos de cobrança. “Nós pegamos a base de um sistema que uma empresa contratada entregou, fizemos os ajustes necessários, algumas alterações, e começamos a adaptá-lo para entrar em produção. Iniciamos com os procuradores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para remessa de protesto automática e, agora, estamos implementando na Procuradoria de Ativos Financeiros”, comentou o analista de Desenvolvimento responsável pelo projeto, Tiago Loose.

Com a implementação dessa tecnologia, um cadastro que seria feito em oito minutos pode ser concluído em 20 segundos. O efeito do novo modelo terá impacto, principalmente, na régua de cobrança da PGE. “A ideia é reduzir a régua de cobrança da PGE, que é o tempo entre a chegada do crédito da cobrança e a efetiva adoção da medida. Estamos trabalhando para que o prazo para cobrança de valores sujeitos à execução fiscal seja reduzido para menos de 1 dia. Uma vez inscrita em dívida, no máximo no dia seguinte essa ação estará ajuizada. A intenção maior é combater o sonegador e o mal pagador de impostos”, ressaltou o procurador do Estado, Fábio Santos. A medida também propicia a otimização do processo no que diz respeito à troca de informações entre sistemas, evitando equívocos no cadastro dos números de um CPF ou o valor da dívida, por exemplo.

A próxima etapa do projeto é a integração com o Sistema de Administração Tributário do Estado que deve ficar pronta até o final deste mês. Com isso, a interação manual para fazer o ajuizamento ou outros métodos de cobrança será mínima. Tudo será automatizado via sistema, só em casos mais críticos, como uma execução que ultrapasse a cifra de milhões de reais, que a interação manual e humana será maior, não ficando apenas por conta da inteligência artificial. “O procurador precisa averiguar, verificar se há a necessidade de entrar com uma ação cautelar e uma série de outras medidas de inteligência que precisamos adotar em casos de maior complexidade. Mas nas mais simples é só uma seleção, uma assinatura e um ajuizamento”, disse Fábio Santos.

O cronograma de ações, para alcançar os objetivos dos cinco eixos do Projeto de Reestruturação da Dívida Ativa, estende-se até 2021 e possui estratégias que envolvem a modernização de equipamentos, capacitação técnica, implementação de sistemas entre outras alternativas.

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