Prefeitura de Porto Velho desmente vereadora Ada Dantas e informa que cidade tem 31 ambulâncias

Prefeitura de Porto Velho desmente vereadora Ada Dantas e informa que cidade tem 31 ambulâncias

Porto Velho, RO - A prefeituira de Porto Velho desmentiu a vereadora Ada Dantas (PDT), que informou que a prefeitura tem apenas duas ambulâncias e informou que ao todo tem 31 âmbulâncias distribuidas na capital e distritos.
 

CONFIRA ABAIXO:

Gerência do Samu esclarece sobre ambulâncias

Com uma população superior a 520 mil pessoas, a sede do município de Porto Velho possui em seu quadro geral 31 ambulâncias a disposição da população. Deste total, nove são da frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) sendo que, uma delas, está em manutenção e deve retomar na próxima semana.

As informações foram repassadas nesta sexta-feira (26), pela Gerência de Transportes da Prefeitura de Porto Velho, ligada a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

O gerente do Samu, Adenilson Amaral de Oliveira, informou que, neste momento, há nove ambulâncias à disposição pelo Samu para atendimento, sendo três destas exclusivas para atendimento aos pacientes suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19), com remoção de suas casas até alguma unidade de saúde especializada, uma à disposição na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste e uma no Call Center. As outras seis para os demais atendimentos, considerados de praxe pelo Serviço.

“Atualmente, tem uma ambulância avançada (unidade com médico, técnico de enfermagem e condutor) e quatro básicas (com técnico de enfermagem e condutor), com cinco equipes. Essa estrutura está montada para conseguir atender a demanda que é crescente na capital por chamados”, disse Oliveira.

Uma das unidades está parada no pátio. Para que seja ativada, a Prefeitura está em fase de seleção de profissionais para colocar em funcionamento. “Quando finalizar o recrutamento, teremos mais um reforço à nossa frota atual”, informou.

Oliveira lembrou que, duas unidades precisam estar à disposição no pátio como reserva técnica, pois “é preciso constante manutenção das ambulâncias, levando em conta que, se houver ‘quebra’ de alguma, ficará sem atendimento”.

SUPERLOTAÇÃO

As UPAs estão superlotadas e a população pensa que as ambulâncias do Samu estão exclusivamente para atender os pacientes de Covid-19. “Além do aumento dos casos de coronavírus, com maior circulação de pessoas por causa da flexibilização e abertura do comércio, voltaram a ter ocorrências de acidentes de trânsito, emergências clínicas, violência urbana. Esse atendimento também fica por conta do Samu, gerando uma superlotação de diligências com sobrecarga do serviço”, narrou o diretor.

REVISÃO DE PROTOCOLOS

Oliveira informou que as remoções cresceram assustadoramente nas últimas semanas para os quatro hospitais de referências para a Covid-19. “O Samu tem uma equipe enxuta para este suporte e após cada remoção é necessário realizar a desinfecção das ambulâncias. Estamos analisando a possibilidade de preparar todas para qualquer atendimento, melhorando o nosso processo de higienização para buscar atuar com maior agilidade”, ressaltou.

OCORRÊNCIAS

De acordo com o relatório de ocorrências por unidade de destino do Samu, em maio deste ano foram: 70 atendimentos em domicílio ou via pública, oito a hospitais particulares com pacientes da Covid-19, um do presídio com Covid-19, 214 remoções inter-hospitalares e 1.089 demais ocorrências. Ao todo, 1.382 atendimentos pela equipe. O relatório de junho está em aberto e, será divulgado assim que finalizar o mês.

PROFISSIONAIS AFASTADOS

Os profissionais da área da saúde também são atingidos por doenças. Ao todo, oito médicos estão afastados de suas funções, seis técnicos de enfermagem e nove foram readaptados com sequelas devido à Covid-19, seis condutores de ambulância ativos (Covid-19).

DISTRIBUIÇÃO GERAL DAS AMBULÂNCIAS

A frota hospitalar (ambulâncias) está distribuída da seguinte forma: (2) Nova Califórnia, (2) Extrema, (1) Fortaleza do Abunã, (2) Vista Alegre do Abunã, (2) Abunã, (2) União Bandeirantes, (2) Jaci-Paraná, (2) Rio Pardo, (1) São Carlos, (1) Linha 28, (1) Cujubim, (1) UPA Leste, (1) Call-Center, (9) Samu. As unidades da (1) UPA Sul e (1) Ana Adelaide, encontram-se em manutenção e estarão disponíveis na próxima semana. Ao todo, são 31 unidades na frota municipal.

O SERVIÇO

O Samu (192) é um serviço gratuito e faz parte da Política Nacional de Urgências e Emergências e, tem como principal função, ajudar a organizar o atendimento na rede pública oferecendo socorro à população. Esta missão, de acordo com o gerente do Samu, Adenilson Amaral de Oliveira, vem sendo executando com profissionalismo.

CONFIRA ABAIXO DENUNCIA DA VEREADORA ADA DANTAS

À BEIRA DO CAOS: SAMU só tem duas ambulâncias para COVID e prefeito é denunciado no MP

Uma denúncia impetrada no Ministério Público Estadual – MP/RO, aponta uma situação calamitosa ao que diz respeito a estrutura de atendimento básico de Saúde em Porto Velho (RO).

O documento encaminhado ao MP/RO foi elaborado pela vereadora Ada Dantas e relata que falta de tudo dentro do sistema de Saúde municipal de profissionais da área à equipamentos de trabalho.

SAMU

De acordo com a denúncia, a cidade de Porto Velho, que possui aproximadamente 600 mil habitantes e mais seis mil casos de COVID-19, possui apenas duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel em Urgência – SAMU para atender os casos suspeitos e confirmados de cidadãos infectados.

Para cada atendimento de pessoas relacionadas ao Coronavírus é necessário um tempo de duas horas até a desinfecção do carro. Segundo a vereadora, durante a sua fiscalização ficou constatado que o SAMU estava funcionando com apenas 15% de seu efetivo.

“Para piorar o plantão extra de um motorista é de R$ 70 e de um técnico em enfermagem é de R$ 84 para trabalhar doze horas corridas, a solução para fortalecer a equipe seria aumentar a hora extra ou contratar emergencial, o que leva mais tempo. Mas, nenhuma das alternativas foi levantada pelo prefeito, que está dormindo em berço esplêndido”, afirmou Ada Dantas.

Medicação

Também está relatado na denúncia que os medicamentos mais utilizados contra o COVID-19, como Azitromicina e Ivermectina acabaram no estoque municipal e os fornecedores não estão entregando os lotes novos.

São diversas as reclamações dos cidadãos portovelhenses sintomáticos que passam dias atrás de medicação e não conseguem. Enquanto isso, apenas está à disposição da comunidade chamado Claritromicina, que pode ser um substituto à Azitromicina, porém não possui nenhum protocolo referente ao COVID-19, o que leva ao receio dos médicos na hora de indicar a medicação.

Sem enterro

Outra denúncia exposta ao Ministério Público rondoniense é a questão das urnas funerárias assistenciais, fornecidas através de contrato entre a prefeitura e uma agência funerária. Em decorrência do grande número de mortes na capital, que já passa dos 300, os cidadãos podem não ter direito a esse serviço.

O contrato prevê dez urnas por mês, sendo que após o início da pandemia esse é o número de óbitos que registrados em apenas um dia em Porto Velho. “É possível que a prefeitura tome providencias com a maior brevidade possível”, falou Ada Dantas.

A denúncia cobra que o prefeito Hildon Chaves responda por improbidade administrativa por descumprir o preceito da eficiência na gestão.