Pezão participa de hasteamento da bandeira em presídio de Niterói

Pezão participa de hasteamento da bandeira em presídio de Niterói

O governador Luiz Fernando Pezão, preso desde o dia 29 de novembro em quartel da Polícia Militar em Niterói, Região Metropolitana do Rio, participou na manhã desta sexta-feira (7) do hasteamento da bandeira no pátio da unidade. Atender à cerimônia é uma das obrigações do político, pego na Operação Boca de Lobo.

Pezão estava num grupo à parte, distante do mastro e do pelotão mais numeroso. Vestia o uniforme da cadeia - camisa branca e short preto - e calçava sandálias.

A regra da cadeia obriga os detentos a se perfilar diante do pavilhão todas as sextas-feiras, às 8h e às 18h. Pezão está sozinho em uma sala sem grades, mas monitorado por câmeras, e cumpre todas as regras aplicadas aos demais internos, como tomar sol diariamente e comer as refeições servidas a todos.

Pezão não estava no pelotão perfilado diante do mastro; governador ficou em grupo à parte — Foto: Francisco de Assis/TV Globo

Policial bate continência a Pezão na cerimônia de hasteamento da bandeira — Foto: Francisco de Assis/TV Globo

Cãozinho passeia perto de Pezão no pátio da Unidade Prisional — Foto: Francisco de Assis/TV Globo

Batalhão Prisional da Polícia Militar em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, onde Pezão está preso — Foto: Reprodução/ TV Globo

A Operação Boca de Lobo

De acordo com as investigações, Pezão não só fez parte do esquema de corrupção de Sérgio Cabral como também desenvolveu um mecanismo próprio de desvios quando seu antecessor deixou o poder.

Os advogados de defesas do governador, Flávio Mirza e Diogo Malan, afirmaram em nota que Pezão respondeu a todas as perguntas e negou, "veementemente", as acusações.

Pezão chega escoltado pela PF à sede da superintendência, na Praça Mauá — Foto: Yuri Apoena/TV Globo

Segundo o MPF, há provas documentais do pagamento em espécie a Pezão de quase R$ 40 milhões, em valores de hoje, entre 2007 e 2015. De acordo com o MPF, o valor é incompatível com o patrimônio declarado pelo emedebista à Receita Federal.

A Operação Boca de Lobo decorreu de colaboração premiada homologada no Supremo Tribunal Federal e de documentos apreendidos na residência de um dos investigados na Operação Calicute. Além das prisões de Pezão e mais oito pessoas, o ministro Felix Fischer também autorizou buscas e apreensões em endereços ligados a 11 pessoas físicas e jurídicas.

Entenda o esquema de corrupção nas gestões de Cabral e Pezão, no RJ — Foto: Karina Almeida/G1