Porto Velho, RO - O ex-presidente equatoriano Rafael Correa pediu nesta segunda-feira (5) "uma maior articulação entre os líderes latino-americanos", ao mesmo tempo em que critica o papel da mídia regional em seu papel de disseminadora de notícias falsas.
Correa acrescentou que, se tivesse podido se candidatar às eleições de fevereiro passado, teria prevalecido sobre o atual presidente equatoriano Guillermo Lasso. “Eles me impediram de voltar ao país".
Apesar de ter afirmado que "o progressismo continua sendo uma importante força política" na América Latina, após "uma furiosa investida antidemocrática da direita a partir de 2014", o ex-presidente equatoriano reconheceu que "é necessária uma maior articulação entre as lideranças" da América do Sul.
O ex-presidente do Equador citou o Brasil como exemplo de golpe político através do lawfare: “O que aconteceu no Brasil deve servir de lição para grupos que praticam o lawfare (guerra política através dos tribunais e da mídia contra lideranças latino-americanas), e para a imprensa hegemônica”, disse Correa e comentou que “ enquanto não fizermos mídia, não teremos uma verdadeira democracia na América Latina, precisamos de informação e verdade”.
Para ajudar na articulação entre lideranças da esquerda latino-americana, Rafael Correa criou o Instituto Eloy Alfaro pela Democracia (IDEAL), entidade que tem por objetivo gerar lideranças, pesquisar e gerar conhecimento e intercâmbio de práticas de governança bem sucedidas, informa a Telesul.