Precisa Medicamentos conseguiu aditivo de contrato de preservativos uma semana antes de negociar Covaxin

Precisa Medicamentos conseguiu aditivo de contrato de preservativos uma semana antes de negociar Covaxin

Porto Velho, RO - A Precisa Medicamentos, empresa suspeita de irregularidades na importação da vacina indiana Covaxin, e que também representa a Cupid Limited em um contrato para a aquisição de preservativos femininos, apresentou um aditivo contratual neste processo que dobrou o valor da licitação junto ao Ministério da Saúde. Com o termo aditivo, o contrato firmado em 13 de novembro do ano passado passou de R$ 15,7 milhões para R$ 31,5 milhões no dia 18 de fevereiro deste ano. De acordo com reportagem da CNN Brasil, a solicitação aconteceu sete dias antes da Precisa assinar o contrato de importação da Covaxin. 

Questionada sobre o fato, a Precisa ressaltou que o termo aditivo faz referência ao valor inicial do contrato - que previa a entrega de dez milhões de unidades de preservativos femininos -  e que o valor ajustado se deve ao aumento da quantidade entregue ao ministério. O aditivo, porém, não cita o aumento de volume dos preservativos. 

A mudança dos valores aconteceu uma semana antes da Bharat Biotech, por meio da Precisa Medicamentos, celebrar um acordo para a comercialização de 20 milhões de doses da vacina Covaxin. O contrato, que está na mira da CPI da Pandemia, foi firmado no dia 25 de fevereiro no valor total de R$ 1,6 bilhão.