Polícia do RJ investiga empresa por fraude em oferta de vacina; Prefeitura de Porto Velho explica negociação

Polícia do RJ investiga empresa por fraude em oferta de vacina; Prefeitura de Porto Velho explica negociação

Porto Velho, RO - A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpre nesta quinta-feira (22) oito mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fraudes em oferta de vacina contra a covid-19. A empresa e seus representantes são investigados por venderem lotes de imunizante Oxford/AstraZeneca a prefeituras sem garantir a entrega do produto.

 

Segundo a Polícia Civil, a empresa oferecia cada dose por US$ 7,90 para municípios. No entanto, como as vacinas de AstraZeneca estão todas destinadas a consórcios internacionais e a governos de países, não há doses remanescentes para serem comercializadas com empresas ou mesmo com estados e municípios.

 

Entre os municípios que receberam oferta da empresa, sediada em Recife, estão Duque de Caxias e Barra do Piraí, no Rio, e Porto Velho. A capital rondoniense, por exemplo, já teria, segundo a Polícia Civil, feito o pagamento, mas ainda não recebeu as doses. A Prefeitura nega qualquer pagamento.

 

A operação está sendo feita em parceria com a Polícia Civil de Pernambuco e a Polícia Rodoviária Federal.

 

Negociação

 

Em nota, a Prefeitura de Porto Velho explicou os procedimentos e diz que não houve repasse de recursos. Confira:

 

A Prefeitura de Porto Velho, desde o advento da vacina, vem buscando alternativas de aquisição dos imunizantes para combater a pandemia do novo coronavírus.

 

Nesta iniciativa, começou tratativas com investidores que viabilizariam a negociação dentro das normas internacionais de importação e exportação, e, desde o primeiro momento, em atitude transparente, anunciou o processo de maneira ampla à população e aos meios de imprensa, convidando também os órgãos de controle a acompanhar o processo.

 

O processo de importação prevê a emissão de carta de crédito internacional, cujo valor somente fica à disposição da empresa vendedora, depois que ocorre a entrega em solo brasileiro e, se tratando de vacinas, depois de avaliado por amostragem os lotes disponibilizados.

 

Fica evidente que, em momento algum, a Prefeitura de Porto Velho poderia ser lesada na aquisição das vacinas, pois somente liberaria o pagamento depois de receber os imunizantes.

 

Para dirimir qualquer tipo de dúvida, o Prefeito Hildon Chaves convida a imprensa para participar de entrevista coletiva.