Rondônia inaugura primeira Central de Informações aos Migrantes e Refugiados da região Norte

Atendimento nos idiomas inglês e espanhol está funcionando no prédio do Tudo Aqui, de 7h30 às 13h30

Porto Velho, RO - O Governo de Rondônia vem se destacando em relação a outros estados por sair na frente quando o assunto é o cumprimento de metas, mesmo diante de um cenário de pandemia. Nesta segunda-feira (28), a Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas) tornou realidade o sonho da implantação de uma Central de Informações aos Migrantes e Refugiados, inaugurada no primeiro andar do prédio do Tudo Aqui em Porto Velho. Uma parceria entre a Seas, Universidade Federal de Rondônia (Unir) e a Superintendência de Gestão de Gastos Públicos Administrativos (Sugesp).

A central foi criada para atender a população de migrantes que necessita de serviços e informações, ofertando um atendimento amplo e completo nos idiomas inglês e espanhol. Ela está funcionando no prédio do Tudo Aqui com horário de atendimento das 7h30 às 13h30. Através dela, os usuários terão acesso a serviços públicos federais, estaduais e municipais, realizando encaminhamentos dos demandatários para a Rede de atendimento, nas mais diversas áreas como saúde, educação, assistência social ou qualquer outro órgão ou entidade da sociedade civil que preste atendimento aos migrantes e refugiados em Porto Velho.

A primeira-dama e secretária da Seas, Luana Rocha, destacou a implantação da central como uma política importante e necessária

Além do acesso às informações, será possível ainda mapear a situação dos migrantes através do Sistema Estadual de Cadastro de Benefícios (Siscab). Os dados poderão ser usados em pesquisas sobre a migração em Rondônia.

“É uma emoção estar realizando mais essa entrega importante. Mesmo diante da pandemia estamos dando cumprimento às nossas metas, disse a primeira-dama e secretária da Seas, Luana Rocha, destacando a importância da implantação da central como política pública de migração.

O governador do Estado, coronel Marcos Rocha parabenizou a ação e destacou a trajetória de muitos migrantes que chegam ao Brasil e enfrentam dificuldades quanto ao acesso às informações básicas que permitam sua sobrevivência. “Para nós é gratificante poder dar dignidade a essas famílias que enfrentaram diversas dificuldades até chegarem aqui. Nosso Estado é acolhedor, temos aqui vários migrantes e descendentes que formaram famílias e são gratos. Essa é uma medida louvável que estamos tornando realidade”, enfatizou.

Karen Padilla está entre os 1.500 venezuelanos que vivem hoje em Rondônia. Ela parabenizou a ação: “Saber que temos esse espaço é um alívio”

MIGRAÇÃO EM RONDÔNIA

Estima-se que o Estado acolha hoje cerca de três mil migrantes entre haitianos e venezuelanos, que somam maioria em Rondônia. Karen Padilla faz parte desse índice. A venezuelana enfrentou várias dificuldades até conseguir chegar em em solo rondoniense. Ela se diz grata ao Estado e ao Governo pelo acolhimento com políticas públicas voltadas aos migrantes.

“Nós somos gratos à Seas, e às outras instituições como a Cáritas e a Unir, por este trabalho de acolhimento com os migrantes. A maior dificuldade que enfrentamos quando chegamos aqui é o acesso às informações, e saber que agora temos esse espaço é um alívio para nós”, ressaltou a imigrante venezuelana.

A pesquisadora e coordenadora do Programa de Extensão Migração Internacional na Amazônia Brasileira: “linguagem e inserção social de imigrantes em Porto Velho”, Dra. Marília Pimentel enfatizou que Rondônia é agora destaque quanto às ações voltadas às políticas de migração. “O Governo deu um passo importante com a implantação da Central de Informações aos Migrantes e Refugiados e se destaca por ser o primeiro Estado da região Norte a implantar um centro de atendimento como esse. A Central é uma importante política pública que se faz ainda mais necessária por sermos um estado de fronteira”, finalizou a pesquisadora.