Reflexões sobre operação na SEMTRAN e privatização da CERON

Reflexões sobre operação na SEMTRAN e privatização da CERON

Porto VelhoRO - Trago para reflexão aqui duas questões a meu ver inquietantes com relação as boas intenções de órgãos de controle e da própria justiça: a primeira diz respeito a investigação que levou à prisão todo o comando da secretaria municipal de trânsito (Semtran).

Ora, o contrato investigado vem sendo renovado seguidamente há cerca de uma década, sempre engordando as contas de hordas de corruptos.

No momento em que o prefeito Hildon Chaves adota uma política de moralização e intransigência ao mal feito, e derruba um contrato que consumia R$ 9 milhões para menos de R$ 2 milhões anuais, Ministério Público e apêndices decidem investigar, mas mantêm-se inertes com relação aos anos anteriores quando milhões e milhões foram despejados sem levantar qualquer suspeita. Inquietante...


Outra: esta com relação ao aumento da tarifa de energia elétrica.

Em agosto, às vésperas do leilão de privatização da Ceron, por orientação do então candidato ao governo, Expedito Junior, o PSDB entrou com ação na Justiça Federal para suspensão do leilão, denunciando as condições previstas em resolução do Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos da Presidência da República (CPPI), pelas quais a vencedora do leilão assumiria uma empresa totalmente saneada, vez que o passivo praticamente impagável seria tirado do lombo dos consumidores.

Na oportunidade, a justiça sequer tomou conhecimento da ação, não vislumbrando adiante a gravidade do caso.

Como se viu, poucos dias após assumir o controle da Ceron, a Energisa já mostrou o voluptuoso apetite em se aproveitar das facilidades oferecidas pelo governo, conseguindo um aumento na tarifa de 25 a 27%, embora sejamos um dos maiores produtores de energia hidroelétrica do país.

Pois bem, agora, essa mesma Justiça Federal, que poderia ter barrado lá atrás todo esse problema, decide suspender o reajuste e o leilão numa situação bastante vulnerabilizada, vez que cabe recursos e mais recursos. Inquietante...