Porto Velho, RO - Glaucione Rodrigues, prefeita de Cacoal, convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (6), para esclarecer acusações por parte do vereador Mário Angelino Moreira,‘’Jabá’’.
Ela explicou que no mês de janeiro de 2019, foi feito um planejamento com a Secretaria de Obras para ser executado o trabalho de tapas- buracos e asfaltamento, e que a prefeitura precisaria de oito milhões de reais.
A prefeitura teria disponível três milhões de reais, provenientes de um convênio firmado com o Governo do Estado através do DER- Departamento de Estrada e Rodagens, e por isso teria sido solicitado o empréstimo de cinco milhões de reais, para que fosse solucionado o problema de buracos na cidade.
Alguns vereadores se opuseram ao empréstimo e a prefeitura teve que lutar na justiça para conseguir autorização, briga esta que se estendeu até o mês de novembro deste ano.
Após a justiça ser favorável a prefeitura, a Secretaria de Obras empenhou o material e serviços relacionados ao empréstimo no dia 25 de novembro, a Prefeitura havia se antecipado e fez um registro de preço, assim podendo começar no dia seguinte 26 de novembro os trabalhos na Avenida Porto Velho.
Sobre o aumento da taxa de lixo, a prefeita disse que os custos não cobrem as despesas, e que a prefeitura não está tendo lucro nenhum.
A prefeita também esclareceu não ter sido feito pagamento de salário ao ex- secretário de planejamento Neuri Perch, que foi assassinado no mesmo dia de sua nomeação, e sim o pagamento de Pecúlio nos termos da Lei n. 2.735/PMC/2010, visto que a viúva e os filhos entraram na justiça para receberem o benefício.
Benefício esse que foi negado pela Procuradoria Geral do Município de Cacoal, mas julgado procedente pela justiça, que condenou a prefeitura a pagar o pecúlio especial , remuneração mais os encargos como a Lei determina no caso de servidor efetivo ou comissionado que vier a falecer.
Na ocasião a prefeita também apresentou documentos assinados em branco pelo então vereador ‘’Jabá’’, onde ele teria tentado negociar Presidência da Câmara Municipal de Cacoal, no dia 01 de janeiro de 2017, início do mandado de ambos.
Segundo Glaucione o motivo de toda perseguição contra sua administração, seria por conta de sua negativa aos interesses pessoais do vereador.
A prefeita alegou que o vereador teria ido pessoalmente na sua casa, pressionando-a, para que ela conseguisse a presidência, caso contrário ele seria oposição ferrenha na sua administração.
‘’Ele tentou me pressionar a negociar a presidência da Câmara, mas sou prefeita, quem decide são os vereadores, não compactuei com essa proposta indecente e vergonhosa.’’ disse Glaucione.
A prefeita disse que os pedidos não pararam e mais uma vez ele tentou pressiona-la para conseguir a Secretária de Obras e de Agricultura, como a prefeita mais uma vez não aceitou negociar a extorsão política do vereador, o mesmo teria lhe ameaçado, ‘’Se cair um pingo fora da bacia daqui para frente, você está ferrada comigo.’’
Documentos que foram apresentados na coletiva, teriam sido encaminhados para a DRACO- Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, para possíveis investigações.