Polícia indicia dupla acusada de atear fogo em carro de professor na Zona Leste da Capital

Polícia indicia dupla acusada de atear fogo em carro de professor na Zona Leste da Capital

Porto Velho, RO - Zaqueu Calebe de Souza Sales, de 21 anos, e Vinicius Vieira Reis, de 24 anos, foram indiciados pelo delegado Cícero Cavalcante, do 8° DP de Porto Velho, acusados de terem ateado fogo no carro de um professor na noite do dia 8 de maio, na frente da escola Estadual Flora Calheiros, localizada na Rua Assis Chateaubriand, Bairro Esperança da Comunidade, Zona Leste da Capital. Um dos envolvidos é aluno da vítima.

Após o crime, os policiais do Serviço de Investigação e Captura (Sevic) iniciaram as investigações e conseguiram chegar até a dupla. Testemunhas relataram para a Polícia quem teria incendiado o veículo do professor e todo o crime começou a ser desvendado. “Nós identificamos os dois e os intimamos na delegacia para prestar esclarecimentos”, disse Cícero Cavalcante. 

Para o delegado, Zaqueu relatou que cometeu o crime porque estava sendo perseguido há anos pelo professor e, um dia antes do crime, ele teria sido chamado atenção por estar utilizando o aparelho celular durante a aula e levou uma advertência. “No dia seguinte, ele esperou anoitecer, tirou gasolina do tanque de sua motocicleta, pegou o carro da mãe dele, foi até a casa de Vinícius e o convidou para praticar o crime. Vinícius aceitou, assumiu a direção do veículo e os dois se deslocaram até a escola. Ao avistar o carro da vítima, Zaqueu quebrou o vidro do veículo, jogou gasolina, ateou fogo e os dois fugiram”, esclareceu o delegado.

Durante o interrogatório de Vinícius, ele alegou que não sabia que Zaqueu estava indo cometer o crime. “Ele disse que estava apenas dando uma volta no bairro, mas essa afirmação não se sustenta porque Zaqueu estava com a garrafa de gasolina no banco da frente e ele viu a gasolina, o que significa que ele sabia sim que eles estavam indo cometer um incêndio criminoso”, destacou o delegado.

O professor também foi ouvido pelos investigadores, e contou que Zaqueu não era um aluno frequente em suas aulas e não sabia qual era a fisionomia dele. “Essa história de que Zaqueu estava sendo perseguido é fantasiosa e não se sustenta. Zaqueu chegou a passar na frente do professor em determinado momento na delegacia e a vítima nem sequer o reconheceu como aluno, por isso essa história de perseguição não procede”, enfatizou Cicero Cavalcante. 

A delegacia já finalizou o inquérito policial e a dupla vai responder pelo crime de incêndio criminoso, em liberdade.