Rondônia inicia campanha de vacinação contra gripe na próxima segunda-feira (23)

Rondônia inicia campanha de vacinação contra gripe na próxima segunda-feira (23)

Porto Velho, RO - A vacina que protege a população contra o vírus que causa gripe (Influenza A-H1N1, Influenza A-H3N2 e Influenza B) estará disponível a partir de segunda-feira (23), em Rondônia. Nesta primeira etapa, que segue até 15 de abril, serão imunizados idosos e trabalhadores de saúde. A campanha geral encerra em 22 de maio.

A iniciativa faz parte de uma determinação do Ministério da Saúde que antecipou a campanha nacional que aconteceria em abril e é feita anualmente. Rondônia já recebeu a primeira remessa de doses de vacina, cerca de 120 mil, e repassa aos municípios conforme a quantidade de pessoas inclusas no grupo de risco em cada cidade. A meta é vacinar no mínimo 90% do público-alvo.

A gerente técnica de Vigilância Epidemiológica da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Arlete Baldez, destaca que a vacina não protege contra a pandemia do coronavírus.

‘‘A vacina não tem nenhuma influência no Covid-19, o que nós temos é uma arma poderosa contra a influenza, então pedimos ao grupo de risco que vacine-se’’, disse.

Apesar de não ser reconhecida nenhuma eficácia da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), a medida deve ajudar no diagnóstico clínico, ao reduzir casos suspeitos do vírus causador da pandemia, ou seja, por terem sintomas parecidos, casos de influenza também acabam levantando à suspeita de coronavírus.

‘‘Essa imunização vai diminuir a circulação do vírus, e se uma pessoa chegar a unidade de saúde gripada com sintomas muito parecidos com os causados pelo coronavírus, e falar que foi vacinada, vai melhorar o raciocínio clínico do profissional, pois elimina a influenza e se pensa em um outro diagnóstico’’, esclarece Arlete Baldez.

GRUPO DE RISCO

Ainda de acordo com a Agevisa, os idosos são o público-alvo da primeira fase da campanha devido ser o grupo com casos graves e que, portanto, precisa de atenção redobrada, e os trabalhadores de saúde também entraram como alvo nesta etapa para que o país não perca a força de trabalho desses profissionais que estão na linha de frente no combate a desestabilização da saúde pública.

Em um período onde a pandemia levou as autoridades governamentais e órgãos de saúde a recomendarem evitar aglomerações, a gerente técnica de Vigilância Epidemiológica esclarece que a Agevisa orienta às unidades de saúde municipais, que são as responsáveis pela aplicação da vacina, que adotem medidas protetivas.

‘‘O que nós estamos pedindo para as secretarias municipais de saúde é que ampliem os horários de atendimento e faça a divulgação desses novos horários para evitar que muitas pessoas procurem o atendimento em um mesmo período. Que dentro da possibilidade, nas unidades tenha um local reservado para idosos. Se não tiver, que se crie uma fila especial para idosos Também orientados que nas filas, as pessoas não fiquem próximas uma das outras’’, afirma Arlete Baldez.

A gerente técnica de Vigilância Epidemiológica orienta ainda aqueles que não têm condições de se deslocarem até uma unidade de saúde, como os acamados, que entre em contato o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) dos municípios para que recebam a imunização em domicílio. Em Porto Velho é através 0800 647 1010.

‘‘É importante que se vacinem, pois a influenza também pode levar a casos graves, inclusive de internação e até a óbitos, então com muita cautela assegure sua dose de vacina’’, recomenda a gerente.

NOVAS ETAPAS

Além das cerca de 120 mil doses de vacina que já estão em Rondônia, novas remessas serão enviadas para atender as 480.648 mil pessoas que compõem o grupo de risco da campanha inteira em Rondônia. O que inclui além de idosos e profissionais de saúde (1ª fase), professores de escolas públicas e privadas, e profissionais das forças de segurança e salvamento (2ª fase).

 E ainda crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, deficientes, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade, servidores do sistema prisional, e os que têm de 55 a 59 anos (3ª fase).

A vacinação do público de grupos de risco foi dividida em etapas por uma questão de organização, mas aqueles que não conseguirem se vacinar dentro do período determinado, podem ser imunizados na etapa seguinte. Porém a recomendação da Agevisa é que todos façam um esforço para se vacinarem dentro do período de vacinação indicado a cada grupo.