Polícia apreende 1 tonelada de carne estragada em fábrica clandestina em Porto Velho

Polícia apreende 1 tonelada de carne estragada em fábrica clandestina em Porto Velho

Porto Velho, RO -Cerca de uma tonelada de carne estragada foi encontrada pela polícia na noite da última quarta-feira (8), em Porto Velho.

Uma fábrica de charque clandestina foi descoberta pela Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (Deccon) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Semagric), após uma denúncia anônima feita pela própria pasta e encaminhada à corporação. O responsável pela carne e o local fugiu.

Segundo a Polícia Civil, a fábrica funcionava em uma residência no Bairro Planalto, na região Leste da capital. Fiscais da Semagric e policiais civis seguiram ao local, mas antes de chegarem, o suposto dono conseguiu escapar.

Conforme as investigações, o charque era fabricado de maneira inapropriada, sem qualquer condição de higiene, bem como respeito às regras sanitárias de produção alimentar.

"Cerca de uma tonelada de produto inapropriado, carne, no caso, e todo esse material foi apreendido e dada a destinação adequada, juntamente com a Secretaria Municipal de Agricultura", disse a delegada à frente do caso, Noelle Caroline.

Segundo Noelle, esse tipo de conduta caracteriza crime contra a relação de consumo. "Ter em depósito produto inapropriado ao consumo. Então, ainda que não tenha sido comercializado, já há caracterização do crime, cuja a pena é de detenção de dois a cinco anos. Em relação a identidade, nós já temos a qualificação, já sabemos quem é a pessoa", detalhou.

A delegada pontua ainda que a maior preocupação é com a saúde do consumidor. Em casos semelhantes, é preciso ficar de olho nas embalagens dos produtos, bem como na validade.

Outro ponto importante é correlacionado ao registro da vigilância sanitária. Os comerciantes necessitam ter cuidados na hora de comercializar produtos alimentícios de origem animal.

"Ou da própria Secretaria Municipal de Agricultura, se ele (produto) passou por uma inspeção federal, estadual ou municipal. E nós deixamos aqui também um alerta para os comerciantes e produtores de alimentos de origem animal ou mesmo de origem vegetal. Então nós pedimos para que essas pessoas se adequem", orientou a delegada.

A Polícia Civil segue investigando o caso.