Para delegada, vídeo da morte do cachorro no Carrefour não deixa dúvida sobre o crime

Para delegada, vídeo da morte do cachorro no Carrefour não deixa dúvida sobre o crime

Porto Velho, RO - A delegada Silvia Fagundes Theodoro, da Delegacia de Meio Ambiente de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, não tem mais dúvidas do que aconteceu com o cachorro espancado e envenenado em frente ao Carrefour, no último dia 28. Imagens gravadas por câmeras de segurança do estabelecimento mostram um segurança segurando uma barra de ferro para agredi-lo. O caso revoltou internautas, celebridades e ativistas pelos direitos dos animais, como Luisa Mell, que esteve na delegacia nesta terça-feira.

— A agressão, com as imagens que conseguimos agora, ficou comprovada. Não há mais dúvidas. E esse segurança realmente agrediu o cachorro — afirma a delegada em um dos vídeos publicados por Luisa nos Stories de seu perfil no Instagram.

A empresa emitiu um comunicado em sua página do Facebook nesta terça-feira, reconhecendo que “um grave problema ocorreu” na unidade de Osasco e ressaltando que “o funcionário de empresa terceirizada foi afastado”.

“Queremos informar também que estamos recebendo sugestões de várias entidades e ONGS ligadas à causa que vão nos auxiliar na construção de uma nova política para a proteção e defesa dos animais”, afirmou o Carrefour na nota.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como maus-tratos de animais.

“Foi instaurado inquérito policial para apuração dos fatos e a autoridade policial aguarda depoimento do segurança do estabelecimento comercial. Uma barra de ferro, possivelmente utilizada nas agressões, foi apreendida. As imagens de câmeras de monitoramento estão em análise pela autoridade policial”, diz em comunicado.

Em entrevista ao EXTRA nesta quarta-feira, Luisa contou que foi “assustador” assistir àquelas imagens do cachorro ferido.

— Trabalho há muitos anos com isso (defesa dos animais), mas a gente nunca está preparada para algo assim. Quando chegamos à delegacia as imagens já estavam lá. A delegada Silvia já as tinha pedido. Foi assustador ver aquela covardia, ver o que aquele cachorro sofreu. Passei mal — disse. — Muitas vezes consigo fazer a diferença, mas nesse caso não há o que posso fazer por aquele animal. O que espero é que seja o início de uma era, para a empresa treinar os funcionários, apoiar ONGs pelo país inteiro, para que a partir dessa tragédia, outros animais sejam salvos. (…)