Oito delegacias podem ser fechadas por falta de efetivo em RO, revela comissão da ALE

Oito delegacias podem ser fechadas por falta de efetivo em RO, revela comissão da ALE

Porto Velho, RO - A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO) se reuniu na manhã desta terça-feira, 1, no Plenarinho 01, sob a presidência do deputado Anderson Pereira (Pros), com as presenças dos deputados Cabo Jhony Paixão (Republicanos) e Eyder Brasil (PSL).

Em pauta, novamente a discussão sobre o possível fechamento de delegacias de Polícia Civil em diversos municípios de Rondônia.

O presidente Anderson Pereira informou que teve acesso a um estudo, dirigido pela Direção Geral de Polícia Civil (DGPC), com a previsão de fechamento de delegacias, em razão do baixo efetivo que a Polícia Civil atravessa atualmente.

“Já está praticamente definido o fechamento da delegacia do distrito de Nova Mutum Paraná, para não fechar a delegacia do distrito de Extrema de Rondônia. O projeto abrange ainda o possível fechamento das delegacias de Urupá, Cujubim, Monte Negro, Alto Paraíso, Seringueiras, Itapuã do Oeste e Mirante da Serra”, informou o deputado Anderson.

De acordo com Pereira, “se isso for confirmado, vai prejudicar mais ainda a população, que precisará se deslocar até outro município, para registrar um boletim de ocorrências. O Estado cresce e a segurança pública fica para trás. É preciso rever essa decisão, reforçando o efetivo da Polícia Civil”.

O parlamentar disse ainda que há um pedido de estudo para a realização de um concurso para a PC, mas ainda sequer tem previsão de encaminhar o pedido para a Mesa Permanente de Negociações (MENP). “A população reclama que buscar as delegacias, não encontra delegados, agentes e serviços. Cobramos o funcionamento da Delegacia da Mulher 24 horas e não tem efetivo para isso”, observou.

POPULAÇÃO

Eyder Brasil disse que a população tem cobrado reforço na segurança e ponderou que o Governo é sensível ao problema. “Vamos seguir buscando fazer um trabalho para melhorar a segurança pública”.

Cabo Jhony afirmou que o profissional de segurança pública, mesmo após a aprovação em concurso público, não está preparado ainda para a função, necessitando um curso de formação específico. “Ou seja, leva tempo para esse profissional ser aprovado e capacitado para estar na rua. E isso requer uma programação maior e uma resposta rápida para essa necessidade”, detalhou.

Anderson Pereira registrou que, mesmo com baixo efetivo e sem as condições ideais de trabalho, os policiais civis têm atuado em operações que culminam com a apreensão de drogas, armas, munições, recuperação de veículos furtados, prisões e outras ações. “É muito mais graças ao empenho dos servidores da Polícia Civil que os esses sucessos nas operações ocorrem”.